DO JORNAL O GLOBO, COLUNA DE MELLO FRANCO: “O governo Lula (PT) acertou a nomeação do pastor Paulo Marcelo Schallenberger, com histórico de atuação na Assembleia de Deus, para um cargo na estrutura do Palácio do Planalto com a atribuição de abrir diálogo com igrejas de todo o país. O convite foi alinhavado em reunião nesta quinta-feira com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo.
A função assumida por Paulo Marcelo estará vinculada ao segundo escalão da Secretaria-Geral da Presidência, localizada no 4º andar do Palácio do Planalto. O pastor se aproximou de Lula e de lideranças no PT no fim de 2021, e sugeriu a abertura de um canal de relacionamento do novo governo voltado especialmente com denominações evangélicas de médio e pequeno porte. Após a reunião com Macêdo, Paulo Marcelo afirmou que ouviu da equipe de Lula que sua nomeação deve ocorrer no fim de janeiro, após a resolução de questões burocráticas na estrutura da Secretaria-Geral.” (05/01/23)
O Estado brasileiro é laico. Não cabe ao governo criar instâncias de ligação com igrejas específicas. A Carta Constitucional nossa coloca o Estado na sua concepção liberal de laicidade, de modo a poder dar liberdade religiosa para a sociedade civil. Se o PT quer criar ligações com evangélicos, é o partido que deve agir, sem usar do governo. Trazer a religião para o interior do governo, mesmo de forma indireta, é ceder ao capeta, ou seja, é começar a promiscuidade entre igrejas, governo e estado, prática de Bolsonaro e da piricrente Michelle Maçaneta. Damares deve estar exultante com essa notícia. Bem, parece que se Lula concretizar mesmo isso, ele está louco para subir na goiabeira! Não deve. Não pode. Cada petista ou gente da Frente do governo, trate de escutar e parar com isso. Não vai dar certo! É uma ideia ruim e errada. Estado quando com ligação em religião não ajuda ninguém, só mesmo o Capeta! – Paulo Ghiraldelli